O Pato-Bravo é conhecido dos brasileiros, pela sua apreciada carne.
Com ele é feito um dos pratos mais famosos do Norte, o Pato no Tucupi.
É uma ave que ao longo do tempo passou por várias mudanças, ele é visto do Norte ao Sul do país.
De onde é o Pato-Bravo? Veja suas características
O Pato-Bravo é uma ave selvagem, comum entre a América Central até a América do Sul.
Em cada região ele é conhecido por um nome, sempre com o termo Pato, exemplo:
- do mato;
- selva;
- mudo;
- argentino;
- preto.
É comum, a princípio, haver variação nos tons da pluma, embora, na maioria das vezes ele tenha o dorso preto e uma faixa branca abaixo das asas.
Quando em voo fica mais visível as penas claras, aliás, conforme ele envelhece a quantidade delas também aumenta.
A diferença de tom se deve ao processo de domesticação, entretanto, na natureza a cor que predomina é o preto.
Ele é maior que as espécies de patos domésticas, pesa pouco mais de dois quilos.
Em comprimento tem 85 centímetros e envergadura de 120 centímetros.
Quais as diferenças entre macho e fêmea?
O Pato-Bravo macho não tem plumas ao redor dos olhos, então, fica exposto a pele vermelha. Nesta região pode ter uma protuberância de pele.
Essa diferença é uma forma de distinguir os machos das fêmeas.
Porém, fique perceptível no tamanho também, já que ela tem quase metade do peso dele.
Enfim, o bico, para ambos, nem sempre tem uma cor uniforme, então, é comum que ele tenha pintas ou pequenas manchas em tons vermelho e branco.
Comportamento da espécie
O Pato-Bravo raramente vocaliza quando está em voo ou parado, por isso, é comum escutar o piar grave quando disputa com outros machos.
O seu voo é gracioso e com um lento bater de asas, geralmente, voam na parte da manhã em busca de alimentos.
São aves que não ficam em bando grande, então é comum os grupos quando avistados estarem em dúzias.
Eles gostam de dormir em árvores altas e empoleirados, pode ser em capões ou perto de matas ribeirinhas.
Registros de Pato-Bravo no Brasil
Embora os seus primeiros registros sejam dos jesuítas, época que o Brasil foi descoberto, antes mesmo já se usava a caça e domesticação dessa ave.
Ela foi levada à Europa durante o século 16, onde o sabor de sua carne conquistou os portugueses.
Muitos foram trazidos de volta, cruzando novamente com os selvagens e dando origem a vários mestiços. Por isso, essa variação que conhecemos hoje.
Para servir como alimento, indígenas de toda a América do Sul de alguma forma tentaram domesticá-lo, o que é fácil, desde que eles nascem em cativeiro, assim como os pombos.
Descrição e categoria
O Pato-Bravo foi descrito pela primeira vez por Carlos Lineu como Anas moschata, que significa pato almiscarado na categoria pato empoleirado.
Logo em seguida foi transferido para o gênero Cairina. Aliás, esse faz parte do seu nome binomial até hoje.
Após pesquisas o mudaram para a subfamília dos patos Anatinae, porque o que se sabe através de análises de DNA é que ele se aproxima do gênero Aix.
Alimentação bem diversificada
Na natureza a alimentação é bem diversa, assim, quando em terra gostam de raízes, insetos, folhas e também sementes.
Na água, como costumam filtrar pelo bico,então, aproveitam de invertebrados do fundo, além disso, gostam de peixes, filhotes de tartaruga e pequenos anfíbios.
Qual a época de reprodução?
O Pato-Bravo fêmea no inverno começa a escolha do parceiro e isso marca o início da reprodução.
Os machos, a princípio, usam a farta plumagem para atrair a fêmea.
As patas escolhem o macho e a cruza acontece na primavera.
Aliás, ela é a responsável por construir o ninho.
Ele é feito de junco, gravetos e pequenos galhos, ou até mesmo em oco de árvores.
Já o local escolhido é, quase sempre, o mesmo que ela foi incubada.
Ela põe entre cinco e 12 ovos, a partir daí ela começa a chocar os filhotes.
Logo, a função do pato é afugentar qualquer ameaça e outros casais.
A reprodução ocorre entre outubro a março e a eclosão ocorre depois de 28 dias.
Como o filhote é alvo de vários predadores, a mãe fica junto a eles o tempo todo, até ficarem jovens adultos.