Galo Índio Gigante

O índio gigante é uma raça de galo reconhecida pelo mercado por seu tamanho e qualidade.

Além disso, seu valor de venda é alto e o de manutenção é baixo, o que gera bons negócios para os criadores de aves domésticas.

O que saber sobre Índio Gigante?

O índio gigante é um animal melhorado, resultado da cruza entre diferentes raças de galinhas.

Essas são as combatentes, raças puras e galinhas caipira sem raça definida.

A raça tem crescimento acelerado e bom ganho de peso.

Logo, serve para duas finalidades, ou seja, é ornamental e para corte.

Além de ser usado para a venda e produção de galinhas, esse também serve para cruzar com galinhas sem raças e produzir frangos com melhor genética e com mais peso.

Quais as características do Galo Índio Gigante?

O galo gigante tem aspectos próprios, por ser a cruza entre raças de rinhas e raças brasileiras o macho da espécie é agressivo, mas de manejo simples.

Por sua vez, a fêmea é mansa.

Assim dentre as características físicas da galinha estão alguns pontos:

• canelas grossas e amarelas;
• carcaça volumosa e arredondada;
• rabo voltado para baixo;
• cabeça larga e grossa;
• pele entre bico e pescoço vermelha.

Outro aspecto que marca a imagem do Galo Índio gigante é o seu tamanho.

Dessa forma, é um fator decisivo para o seu preço, sua reputação e qualidade.

Qual o tamanho do Galo Índio Gigante

O galo índio gigante se destaca pelo seu tamanho acima da média, sendo que o animal deve ter no mínimo 1,05 m.

Os maiores exemplares podem chegar a até 1,31 metros.

Já para as fêmeas dessa espécie de ave doméstica podem ter a partir de 95 centímetros de altura.

O peso do galo também é um fator vital para determinar sua raça.

Assim, o peso para os machos começa em 4,5 quilos e para as fêmeas em 3 quilos já na fase adulta.

O maior galo do Brasil era o Voodoo, que media 1, 26 metro e pesava 8 quilos.

Dessa forma, criado no interior de São Paulo ganhou destaque entre os criadores de animais.

O galo foi medido da ponta da unha até a ponta do bico pela associação do índio gigante e entrou para os registros dos produtores.

Como começar a criar a Galinha Índio Gigante?

Para começar a criação é preciso atentar aos detalhes como alimentação e ambiente.

Essa é uma raça com custo baixo de manutenção por ser similar às demais espécies.

Mesmo assim, é importante se informar sobre como começar a criar a galinha índio gigante para obter o melhor desempenho.

Alguns fatores, então, são vitais para que a criação dos animais seja um sucesso e não seja estressante nem para o produtor nem para os animais.

Assim, o criador deve cuidar de:

• instalações;
• enriquecimento de ração;
• galinhas por metro quadrado;
• vacinação;
• manejo da raça;
• reprodução.

Outro ponto útil, então, é acompanhar blogs da área do agronegócio e acompanhar vídeos no youtube de criadores da raça para recolher dicas.

Segundo a ABRACIG hoje no brasil existem de dois a cinco mil criadores da raça.

Segue então dicas para o negócio.

Instalações

A construção da instalação é parecida com as demais para outros tipos de galinhas como a peloco. Dessa forma o poleiro deve ser construído no sentido Leste – Oeste.

Vale lembrar que nas regiões que a temperatura cai à noite, o poleiro deve ser construído em sentido Norte-sul

Os raios de sol não podem bater diretamente nos animais para o seu bem estar. Logo, outra medida útil para esses locais é a plantação de árvores que façam sombra fresca.

Com isso, é possível regular melhor a temperatura da instalação que deve ser amena, nem muito quente nem fria.

A altura do galinheiro muda, devido ao tamanho das aves. Portanto, um pé direito de 2 metros de altura dá mais conforto aos animais.

Também é preciso colocar comida e água na sombra, porque isso diminui as chances da ave ter estresse térmico.

Quantas galinhas índio gigantes por metro quadrado?

Outro ponto importante para a criação dessa raça é a posição e quantidade de galinhas por metro quadrado.

Devido ao grande tamanho dos animais a quantidade de aves pelo espaço é menor em relação às demais espécies de galos e galinhas.

No sistema semi extensivo dá para acomodar 3 aves a cada 5 metros quadrados e no poleiro é possível acomodar de 6 a 10 aves por metro quadrado.

Para evitar a agressividade entre as galinhas, portanto, o conforto também deve estar na alimentação.

Enriquecimento de ração

O enriquecimento de ração pode ser feito em casa, porque muitas vezes as rações compradas não têm os nutrientes suficientes para boa alimentação das aves.

O milho também nunca deve ser dispensado e as hortaliças devem fazer parte junto com o complemento nutricional.

Ração de cavalo e sal são duas outras opções para fazer o enriquecimento da alimentação das galinhas.

Desse modo, o animal tem mais força e mais saúde.

O enriquecimento de ração traz diversos benefícios para os animais.

Serve para evitar perna bamba, doença de galinha, melhora plumagem e o peso das aves.

Esse cuidado evita ainda que as aves tenham falta de cálcio e vitaminas, o que pode comprometer a saúde e a produção de ovos.

As doenças também são evitadas a partir de um valor nutritivo maior.

Como dito antes, a perna bamba e a doença da galinha são dois dos exemplos que são evitados.

Dessa maneira, a saúde do animal está diretamente ligada a sua dieta, que deve ser balanceada.

Vacinação

A vacinação é outra forma de evitar doenças e prezar pela saúde de cada uma das galinhas e galos, bem como, de outros animais que compartilham o espaço.

A prevenção é muito importante, até porque se tratam muitas vezes de animais que serão vendidos para consumo do ser humano.

Deve ser feita a partir da primeira semana de vida e a cada semana que passa novas vacinas devem ser aplicadas no animal.

Aos 90 dias os animais estão aptos a receber a vacinação contra tifo e cólera, assim fica completa a proteção.

Manejo da raça

O manejo da raça é simples, já que segue os princípios da manutenção das raças caipiras de galos e galinhas.

Essa já está adaptada ao frio e calor, mesmo que intensos devido às criações em diferentes regiões do Estado do Brasil.

Para evitar o estresse do animal, os locais de instalação devem ser grandes e espaçosos. Isso porque caso se sintam apertados podem ficar agressivos e acabar se machucando.

Logo, para manter o bem estar da ave, optar por um local que comporte seu tamanho é o mais indicado.

Reprodução

Após o acasalamento as fêmeas e machos devem ficar em locais separados para o descanso dos dois. Esse período de separação das aves deve ser superior a 12h.

Em relação aos ovos o cuidado também é vital.

Dessa forma é útil mantê-los em locais com temperaturas de no mínimo 19 graus. Isso porque o calor acelera o processo de fertilização.

Vale a pena ter uma criação de galos índios gigantes no Brasil?

Segundo a ABRACIG, Associação brasileira, no Brasil os negócios com aves de índio gigante começaram há 25 anos e têm bons resultados.

Com o avanço da genética o valor dos ovos e dos galos vivos aumentaram devido à sua qualidade.

A raça tem uma boa genética o que traz um bom rendimento de carne.

Desse modo, aumenta o valor no mercado. Portanto, ter um negócio de avicultura é estratégico.

Quanto custa o ovo da galinha Índio Gigante?

Os ovos galados, ou seja, fecundados de índio gigante, são mais caros que os comuns devido à melhoria da raça. Já os ovos para consumo podem chegar a valer R$120 a dúzia.

Os preços são maiores não só pelos ovos, mas também pelas próprias aves, em razão do avanço genético da ave ela tem ótima qualidade.

O negócio lucrativo então está cada vez mais comum em solo brasileiro.

Segundo a ABRACIG a média de valores pagos pelas galos é de R$3.500 a R $5.000.

Para as fêmeas os valores giram em torno de R$ 1500 a R$ 3000.

Contudo, algumas aves já foram vendidas por preços como R$ 74 mil e R$ 200 mil, até mesmo para o exterior.

Associação de classe do índio Gigante

A Associação Brasileira de Criadores de Aves da Raça Índio Gigante foi fundada em Lavra, Minas Gerais.

Essa é composta por alguns dos maiores criadores da raça no Brasil.

A entidade serve para debater assuntos relacionados aos animais como saúde e doenças, bem como aos negócios, como:

• desenvolvimento genético;
• manejo;
• vendas;
• mercado de trabalho;
• saúde dos animais;
• criação legal.

O galo índio gigante pode se tornar a primeira raça brasileira e ser a estrela do negócio avicultor no país.

Desse modo, nos últimos anos só veio crescendo o interesse dos criadores de animais na raça.

Assim, a associação tem planos ambiciosos para o setor.