Ararinha-azul

Ararinha-azul

No ano de 2000, a última Ararinha-azul foi extinta da fauna brasileira, trazendo comoção aos moradores da região onde ela vivia. Admirar essa espécie, só poderá ser feita em cativeiro ou por meio de pessoas são colecionadores de aves.

Em 2011, essa ave virou tema do famoso filme “Rio”, onde se retrata a volta de um macho desta espécie ao Brasil.

Conheça mais sobre essa ave, seus hábitos, e como ajudar a preservar essa espécie tão magnífica e que infelizmente sofre com os efeitos do desmatamento em território nacional.

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Onde a Ararinha-azul viveu?

A Ararinha-azul possuía como habitat natural, a caatinga que contempla regiões desde o norte da Bahia até o sul do Rio São Francisco.

Vista na natureza pela última vez em 2000. Hoje, essa espécie totalmente brasileira é criada em cativeiros.

Essa ave só podia ser encontrada no Brasil, possuindo como seu habitat natural as que mata que principalmente são categorizadas como ciliares, que tinha como denominação caraibeiras em riachos sazonais, devido ter nessas zonas a alimentação preferencial deste animal.

Há uma estimativa que em cativeiro brasileiro exista uma quantia de 50 a 60 ararinhas-azuis. E centenas a mais foram embora do nosso país, onde tanto colecionadores e cativeiros internacionais buscam a reprodução e a continuação dessa ave.

O principal motivo das ararinhas-azuis terem sido extintas da natureza foi a caça predatória e também do comércio ilegal de aves, além da depredação do seu habitat natural.

Habitat esse que sofre grandes modificações que contribuíram para o desaparecimento dessa e de outras tantas espécies brasileiras.

Ararinha-azul

Do que as Ararinhas-azuis se alimentam

A alimentação da Ararinha-azul no cativeiro é composta por uma variedade de frutas, sementes e grãos. Além de suplementação polivitamínica e mineral, juntamente com um tipo de ração especial para esta espécie.

Na natureza, a alimentação consistia em frutos do juazeiro, sementes de pinhão bravo e faveleira, flores, seiva, polpa, sementes de imburana, angico, umbu, vagens da caraibeira, facheiros e cactáceas.

Sobre a suplementação oferecida nos cativeiros, todas são feitas com a quantia de cada mineral e vitaminas necessárias para essa ave, além de passar por um processo de qualidade.

Cada ave que está em cativeiro passa por visita periódica do veterinário, que acompanhará todas as necessidades e indicará a alimentação correta, para que não ocorra carência das vitaminas e minerais para esse bichinho.

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Quanto tempo vive uma Ararinha-azul

Na natureza, a Ararinha-azul tem estimativa de vida de até 50 anos.Já devido a criação em cativeiro, essa estimativa pode aumentar, na medida em que há cuidados especiais oferecidos, como uma alimentação, a proteção contra caçadores e também predadores naturais.

Não se tem uma base correta para afirmar quantos anos pode viver essa ave na natureza, visto que desde 2000 já não pode ser mais encontrada em seu habitat natural. Porém, muitos estudos estimam que seu tempo de vida poderia variar de 35 até 50 anos.

Muitos fatores também são indispensáveis para ter uma noção sobre a estimativa de vida da Ararinha-azul. Abaixo uma relação com os principais fatores que poderiam diminuir o tempo de vida dessa espécie:

  • Desmatamento da natureza onde seria seu hábitat natural;
  • Depredação das matas ciliares;
  • Caças predatórias;
  • Queimadas na área da caatinga;
  • Predadores naturais;
  • Ações do homem em seu território de reprodução natural;
  • Outras espécies que poderiam trazer consigo doenças que afetassem diretamente o sistema imunológico dessa ave.

Vale ressaltar que em cativeiro, a estimativa de vida que é de 50 anos que pode sofrer até aumento que é considerado significativo.

Ararinha-azul

Como a Ararinha-azul se reproduz

Geralmente o período de reprodução é durante os meses de outubro a março, especialmente na época de chuva é quando ocorre a reprodução dessa ave.

Por volta dos 5 anos, a ararinha-azul já está em sua total maturidade sexual.

Os ninhos são feitos em trocos já ocos. Já em cativeiros, os ninhos são produzidos em caixotes de madeira.

Em meio natural, a fêmea bota dois a três ovinhos por ninhada. Em contrapartida, na criação em cativeiro, ocorre de aumentar a quantidade de ovinhos, botando de quatro a sete ovos por vez.

A incubação dos ovos acorre no período de 25 a 28 dias, onde a fêmea é responsável por fazer a chocagem.

Após saírem dos ovos, os filhotes ficam empenados por volta de setenta dias e independentes por volta dos cem dias.

Desde o período de incubação até o período de independência, o casal de Ararinhas-azuis, protege o ninho contra possíveis ameaças que possam vir, protegendo seu filhote contra predadores.

Em cativeiros, as primeiras reproduções foram feitas em laboratório. Já que o casal de Ararinha-azul não conseguiu produzir ovos. Após outras tentativas, foram registradas reprodução natural entre o macho e a fêmea que estavam em cativeiro.

Aliás, uma boa notícia para a preservação dessa espécie, visto que para que seja feito a introdução dessas aves na natureza é necessário que a reprodução seja de forma natural e quantitativa.

Há uma necessidade que a reintrodução dessa ave seja feita de forma gradual, pois é preciso acompanhamento da readaptação da espécie a natureza. O que pode levar um certo tempo, uma vez que a própria natureza que é um ambiente novo para as aves de cativeiro.

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Características físicas da ave

Com um tamanho menor do que a arara azul.

A ave mede por volta dos 55 a 57 centímetros. Também possui plumagem com vários tons de azul, variando de tons pálidos a vividos.

Além de serem donos de uma envergadura de até 120 centímetros e pesando de 300 a 400 gramas.

Eles tem uma calda longa e quando realiza seu voo, conseguem bater as asas tranquilamente.

Nessa espécie de ave, ocorre um dimorfismo sexual, sendo que a fêmea é de tamanho menor do que o macho.

Possui um estilo de vida monogâmica, permanecendo até o fim da vida com o mesmo parceiro. Espécie fácil de ser identificada, pois é a menor arara azul e única pelo seu tamanho e plumagens.

Até o momento quase nada se saber em relação como era seus hábitos e a sua ecologia na natureza.

A primeira descrição dessa espécie ocorreu por volta de 1824 por Johann Baptist von Spix.

Onde a Ararinha azul viveu-min

Qual a diferença entre arara azul e Ararinha-azul

A arara azul possui três espécies diferentes entre sim. Já a Ararinha-azul tem apenas ela em seu gênero. Veja as principais diferenças da arara azul e da Ararinha-azul:

A arara azul é uma ave que ainda se tem com muita facilidade na natureza sendo possível encontrar em seu habitat natural nas regiões como o Pará, Amazonas, Goiás, Maranhão e na região dos cocais do Pantanal mato-grossense.

Possui 1,20 m em seu comprimento, sendo considerado a maior ave da espécie psitacideos.

Pesa em média um 1 quilo e 300. Porém, mesmo encontrada com mais facilidade, esta espécie também está sobre risco de extinção.

A Ararinha-azul é bem menor que a arara azul, chegando a 57 centímetros de comprimento. Esta espécie já está em total extinção de seu hábitat natural.

Sua origem é o nordeste da Bahia, nas partes de caatinga e matas ciliares.

Este pássaro está em extinção?

Considerado um dos mais lindos e maiores símbolos da fauna do nosso país.

A Ararinha-azul está totalmente extinta na natureza e em seu habitat natural desde o ano de 2000, uma vez que nenhuma ave desta espécie é vista na natureza.

A drástica diminuição desta ave se deve por vários motivos. Abaixo citaremos os principais motivos que levaram o declínio dessa espécie:

  • Desmatamento e destruição da floresta, onde ficava o seu hábitat, principalmente pelo rio São Francisco, na qual se houve grande exploração;
  • O comércio ilegal de aves nativas do Brasil. Esse comércio por ano retira da natureza uma variedade enorme de animais, levando para outros países e como consequência milhares de animais são comercializados como se fossem um objeto;
  • Abelhas africanas introduzidas na área onde se havia as ararinhas-azuis;
  • A construção da hidrelétrica de Sobradinho também tem sua contribuição para que essa espécie fosse extinta.

Além desses motivos, não podemos esquecer que a caça predatória influenciou muito para a diminuição dessa ave tão majestosa.

Existe um programa de reintegração dessas aves a natureza que em até 2022 deverá reintegrar 50 aves dessa espécie na natureza. Esta ação praticará atividades de conscientização e devem tomar todas as medidas possíveis para que ocorra de forma certa a preservação.

Canto ararinha-azul

O canto da arara azul possui som de “palrar, grasnar, taramelar reco-reco” esta é uma das aves mais belas na natureza, além de ser considerada pássaro símbolo do Estado.

 

Considerações finais

Esta é uma ave belíssima que representa majestosamente nossa fauna brasileira. Suas características, seu modo de viver como família, seu habitat e sua alimentação devem ser observados e preservados.

Vale ressaltar que essa ave viveu por muitos períodos livre em seu habitat natural, mas a ação do homem resultou em sua devastação, fazendo com que essa espécie viesse a desaparecer por completo do meio ambiente.

A criação e a reprodução em cativeiro não é benéfica para o animal e muito menos para toda cadeia alimentar da natureza que deve sofrer consequências irreparáveis por conta da falta desse bicho na fauna , flora, matas e florestas brasileiras.

Vale situar que esta ave faz parte da nossa cultura, do nosso povo e da nossa natureza. Por esse motivo, é dever de toda sociedade buscar preservar, cuidar e respeitar suas necessidade para que momento em que ela voltar a natureza, não seja extinta novamente.

Além do comprometimento de toda a sociedade também é essencial desenvolver medidas de proteção ambiental que precisam ser desenvolvidas por órgãos do governo, para que todas as espécies nativas da nossa região estejam vivendo em seu habitat natural.

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Resumo sobre Ararinha-azul

Nome popular:Ararinha-azul ou Spix's Macaw
Nome científico:Cyanopsitta spixii
Espécies:C. spixii
Tamanho:55 a 57 cm
Reino:Animalia
Família:Psittacidae
Peso:300 a 400 g
Expectativa de vida:50 anos
Estado de conservação:Em perigo crítico

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