A rolinha-do-planalto é uma espécie de ave de muito rara que ficou sem registros por muito tempo e foi redescoberta em 2015.
Contudo, saiba de mais detalhes desse pássaro neste artigo, bem como as suas características físicas, hábitos e alguns fatos curiosos.
Onde a rolinha-do-planalto vive?
A rolinha-do-planalto vive em cerrado aberto e também em áreas de capinzais de areia, no entanto, não se tinha registro da espécie há 74 anos.
Em 2015, a redescoberta da rolinha-do-planalto ocorreu em Minas Gerais pelo ornitólogo Rafael Bessa, que logo achou um grupo de 12 indivíduos da espécie.
O pássaro já era considerado extinto devido ao tempo em que ele não aparecia.
Mas, desde os novos registros, ela está em preservação na reserva onde foi encontrada.
A população dessa espécie ainda está em declínio, visto que estima-se que existam cerca de 50 a 250 indivíduos dessa rolinha.
É uma das aves mais raras não só do Brasil, mas do mundo também, por isso, esse processo de proteção é tão importante.
Seu habitat natural
O habitat natural dessa espécie de rolinha são em florestas de campo cerrado e subtropicais.
Vale lembrar que o ambiente no qual essa ave foi descoberta é muito raro.
Ao passo que a maior parte desse tipo de lugar já foi devastada, o que explica o tempo sem registro da ave.
Quais são as características da rolinha-do-planalto?
A rolinha-do-planalto tem como característica física a sua plumagem em cor-de-canela, além da cabeça em tons de castanho, contudo também se destaca por:
- ter a ponta da cauda branca;
- ventre pardo mais pálido;
- tamanho entre 15,5 a 17 cm;
- pequenos olhos azuis;
- dorso marrom
- asas castanhas com algumas manchas em azul.
São alguns dos aspectos que destacam a aparência dessa espécie de pássaros exóticos, ao passo que no solo ela se assemelha às rolas normais.
O bico dessa ave é fino e pequeno, de cor escura, como é comum da família Columbidae no qual essa rolinha faz parte.
Além disso, seus pés e tarso são curtos e em tons de rosa.
As fêmeas, em geral, têm cor mais clara que os machos da espécie, principalmente nas partes mais inferiores da sua plumagem.
Estudos sobre a reprodução
Pouco se sabe a respeito dos aspectos de reprodução desta ave, de modo que os pesquisadores continuam os estudos sobre a espécie.
Em 2020, uma equipe da SAVE Brasil em parceria com Tony Bichinski, um especialista em ninhos, observaram três eventos de copulação de ovos do pássaro.
Avistaram também um casal dando alimento para um filhote, o que gerou ânimo para todo o time que viu bons resultados.
Isso tudo irá ajudar a entender quais são os motivos que fazem essa ave ser tão rara e que irão ajudar a conservar a espécie.
O que a rolinha-do-planalto come?
A rolinha-do-planalto é um animal granívoro, ou seja, costuma comer sementes de plantas como seu alimento principal, e também alguns grãos.
Quais são os fatos curiosos sobre essa ave?
Essa rolinha é uma espécie natural do Brasil e é muito rara, bem como a sua beleza em tons de cor castanha.
O seu nome científico é Columbina Cyanopis que quer dizer pombinha-de-olho-azul, de modo que, as palavras que dão origem são:
- columbia (latim) que faz referência à família columbidae;
- kuanos, que quer dizer “da cor azul” e öpos, que significa “olhos”, tudo em grego.
Com isso, se forma a alcunha técnica para se referir a esse pássaro. Há outro nome popular também para essa ave que é rolinha-brasileira, por ser um pássaro que tem origem no país.
A família de pássaros Columbidae
Esse é o grupo no qual pertencem as espécies de rolas e pombos da natureza, visto que é o único grupo que existe dos columbiformes.
As aves dessa família possuem aspectos físicos que são característicos, como a cabeça pequena, pescoço curto e um corpo mais robusto.
Outras características que destacam os Columbidae são o seu tamanho que varia dos 15 até os 75 cm de comprimento.
Em relação ao peso, as aves deste grupo tendem a ter entre 30 cm a 2 kg que irá depender da espécie.
Também vale destacar a sua alimentação, ao passo que comem sementes, frutas, grãos e plantas. Mas, há os do tipo frugívoro, que costumam consumir mastros e frutos.
As ações para a conservação da espécie
Desde que foi redescoberta em 2015, o governo do estado de Minas Gerais considera a região de sua aparição como prioridade para conservar a espécie.
A SAVE Brasil tomou as rédeas para a proteção do seu habitat e comprou uma propriedade de 600 hectares em Botumirim, local da descoberta.
Isso permitiu criar ações e estratégias pelos cientistas para conservar e também estudar a rolinha sobre todas as suas características.
A meta é evitar a extinção da espécie, por isso, os próximos anos serão vitais para o aumento de sua população e recuperação do cerrado.
