Coruja-diabo

Coruja-diabo

A ave conhecida como coruja-diabo foi descoberta e catalogada pela primeira vez em 1832, pelo herpetologista alemão Georg Wagler, na cidade de Minas Gerais, Brasil.

Hoje o seu estado de conservação é considerado verde, ou seja, a ameaça a sua espécie é pouco preocupante em seu habitar natural.

As informações são da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN).

O seu nome científico é Asio stygius, sendo que Asio significa coruja orelhuda. Por sua vez, sygium, stygius representa do inferno, infernal.

Também é popularmente chamado por mocho-diabo e mocho-do-diabo por algumas populações e comunidades do país.

Neste artigo falaremos sobre as aves de rapina. Aqui vamos conhecer suas características, hábitos, sua alimentação e como funciona sua reprodução. Confira!

Características da coruja-diabo

A princípio, ouvindo sobre as características físicas da coruja-diabo, pode parecer que serão visíveis essas particularidades olhando a primeira vista.

No entanto, a diferença entre o macho e a fêmea só será notada se ambos estiverem próximos. Já que as suas plumagens são da mesma coloração.

Assim, os machos possuem de 40 a 43 centímetros e pesam de 311 a 680 gramas.

Por outro lado, a fêmea mede de 38,5 a 47,5 centímetros e pesam de 411 a 685 gramas.

Ou seja, os machos são mais leves e menores em relação à fêmea.

A distinção de medidas se dá pelos atributos de cada subespécie, bem como esta espécie tem como características:

  • Cabeça possui uma pelagem marrom escura com um disco facial ao redor dos olhos de mesma coloração;
  • Orelhas na cor cinza amarronzada;
  • Olhos amarelos ou na cor alaranjada;
  • Pescoço e parte do peitoral de pelagem cinza amarronzada;
  • Peitoral descendo para a barriga, pelagem cinza escuro e marrom;
  • Barriga com pelagem marrom clara e manchas escuras em toda sua extensão;
  • Asas na cor cinza amarronzada com listras;
  • Rabo de pelagem na cor cinza escuro com barras de cores mais claras;
  • Patas com pelagem marrom claro;
  • Bico e garras na cor preta.

Ademais, a coruja-diabo quando mais jovem, possui a pelagem do corpo mais pálida, mas a cabeça e asas são bem mais escuras.

Além disso, acima dos olhos, na região da sobrancelha há uma pelagem espessa branca.

Das suas subespécies

A coruja-diabo, até o momento, possui outras seis subespécies registradas e catalogadas.

Ao longo de mais de um século, os grupos de animais descobertos e morfologicamente diferentes, são:

  • Asio stygius stygius (1832) – Descoberto na Argentina, Brasil e Bolívia;
  • Asio stygius siguapa (1839) – Descoberto na ilha Pinus, em Cuba;
  • Asio stygius noctipetens (1916) – Descoberto nas ilhas La Gonâve e São Domingos, no Haiti e República Dominicana;
  • Asio stygius barberoi (1930) – Na Argentina e Paraguai;
  • Asio stygius robustus (1934) – Descoberto no Equador, Venezuela e México;
  • Asio stygius lambi (1937) – Descoberto no México;

Também conhecido como mocho-diabo, esta ave é assim chamada por ter uma pelagem escura.

Assim como, a cor dos seus olhos ficarem na cor vermelha quando há luz refletida neles.

Locais onde habitam a coruja-diabo

De acordo com estudiosos da coruja-diabo, elas preferem o ambiente de áreas de vegetação de cerrado e florestas de pinheiros.

Logo, caso queiram descansar ou se reproduzir, optam por florestas semiáridas ou em regiões montanhosas.

A fim de se protegerem escolhem ficar em altitudes de 600 a 3000 metros.

Em áreas semiabertas, ficam próximas de árvores que tenham muitas folhagens para se camuflarem.

Caso se sinta em perigo, ou estejam alarmadas, ficam em postura reta e suas orelhas se levantam.

Logo, se sentirem relaxadas, a orelha abaixa e não dá para notá-las.

Países onde se encontram a coruja-diabo

Por certo, a coruja-diabo, está localizada nas Américas: Central e do Sul.

Na América Central está localizada no México e Antilhas. Já na América do Sul a encontramos nos países da Argentina, Colômbia, Equador e Brasil.

Em território brasileiro, encontraremos esta ave principalmente nas regiões Norte, Sudeste, Centro-Oeste e Sul do país.

Portanto, os Estados que a tem como um animal silvestre nativo:

  • Amazonas;
  • Rondônia;
  • Roraima;
  • Pará
  • Goiás;
  • Distrito Federal;
  • Mato Grosso;
  • Mato Grosso do Sul;
  • Minas Gerais;
  • Rio de Janeiro;
  • São Paulo;
  • Espírito Santo;
  • Paraná;
  • Rio Grande do Sul;
  • Santa Catarina.

Também na América Central Insular ou nas Antilhas, vemos desta coruja nos países do Caribe, Haiti, Cuba e República Dominicana.

Reprodução e Nidificação da coruja-diabo

Na medida em que vai chegando à primavera no hemisfério sul, a coruja-diabo vai se preparando para se acasalar.

Ou seja, nos meses de setembro a dezembro para cada região e clima que estiverem, o período de acasalamento será distinto.

Contudo, havendo condições climáticas propícias e alimentos em fartura estas aves se reproduzem o ano todo.

O certo é que dará para escutar gritos graves do macho e da fêmea, marcando território de onde estará o seu ninho.

Uma vez construído o seu ninho de gravetos abandonados de outros ninhos, a fêmea chocará seus ovos no solo.

Porventura, o seu ninho de gravetos estará sobre uma depressão rasa e revestida por camadas de folhas secas.

De fato, a localização dele será ao abrigo de luz e sob o arbusto baixo.

O casal que alimentará a sua prole, que ocorrerá no período da noite até os primeiros raios de sol.

No geral, a fêmea põe de dois a três ovos de cor branca, sendo exclusivamente chocados por ela.

Alimentação da coruja-diabo

A saber, a coruja-diabo é uma ave de rapina, ou seja, um animal carnívoro.

Em virtude disso, se alimentam de pequenos mamíferos e aves, e em menor volume, comem insetos e animais invertebrados.

Com efeito, na hora que vai caçar, amedrontam suas vítimas a fim de escutar algum ruído involuntário de suas presas.

Para isso, voa pelas proximidades, soltando gritos para assustar, e se empoleirando estrategicamente para atacar.

Ao mesmo tempo em que voa, fazendo com que sua caça se assuste, solta uma série de gritos graves. Eles têm um intervalo de pelo menos 2 segundos.

Também soltam gritos agudos parecidos com miados, tudo para enganar as suas vítimas.

Som da Coruja-diabo

Bastante territorial: machos vocalizam em seu território, cantando nas copas das árvores.

Ouça abaixo o canto da coruja-diabo:

https://passarosexoticos.net/wp-content/uploads/2020/05/Som-da-Coruja-diabo.mp3?_=1

Peculiaridades desta espécie

Em vista de sua aparência, a coruja-diabo tem por nome científico Asio stygius, que significa coruja orelhuda do inferno.

Já que estas palavras derivam do latim e querem dizer:

  • asio= coruja orelhuda e sygium= infernal.

Ainda por cima, mantém hábitos noturnos. No período diurno descansam em árvores que tenham frondosas folhagens.

Vale lembrar que estas aves dormem em galho próximo dos troncos destas árvores, se camuflando entre suas folhagens.

Em contrapartida, faz parte da família strigidae, que inclui algumas espécies de corujas.

Hábeis caçadoras, caso escutem chamados através da vocalização, não respondem no primeiro momento, mas de uma forma surdina, se aproximam de quem deseja atraí-las.

Como visto você acompanhou um guia com todas as informações sobre a coruja-diabo.

Esta é a hora de mostrar aos seus amigos o que aprendeu sobre este querido animal.

Compartilhe este artigo em suas redes sociais e não se esqueça de deixar seu comentário no post!

Resumo sobre Coruja-diabo

Nome popular: Coruja-diabo ou Stygian Owl
Nome científico: Asio stygius
Espécies: A. stygius
Tamanho: 38,5 a 47,5 cm
Reino: Animalia
Família: Strigidae
Peso: 411 a 680 g
Estado de conservação: Pouco Preocupante

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1 Comentário

  1. Olá, sou aluno de um curso on-line do ismart e estou fazendo um estudo sobre corujas e eu escolhi a coruja diabo, eu queria saber se podem me ajudar com algumas informações características sobre ela.

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