Chupim

chupim

O Chupim é uma espécie nativa do Brasil que também está presente na Argentina, Uruguai, Bolívia, Paraguai e Peru.

Cada região do país tem um nome para o Chupim. Os mais conhecidos são: maria-preta, vira-bosta, gauderio, azulego, entre outros.

Talvez ele seja uma das aves mais odiadas do Brasil. Descubra o porquê a seguir e ainda confira diversas curiosidades sobre o pássaro.

Sobre o Chupim

De nome cientifico Molothrus Bonariensis, o Chupim está em todo o território brasileiro. Essa ave foi vista pela primeira vez em 1789.

É um pássaro com penas pretas que mudam de cor, conforme a iluminação que recebem. Além disso, o macho possui um reflexo azulado, o que o distingue da fêmea.

O Chupim é um pássaro migratório, ou seja, nas épocas de inverno ele desaparece e retorna apenas no verão.

Vale situar que o nome científico Molos vem do grego que significa luta ou batalha . Já Thrus também está no grego que representa, por exemplo, impregnar ou para o pai. Por fim, Bonariensis vem do latim que significa bom ar que, em resumo, faz um tipo de referência a cidade de Buenos Aires na Argentina.

Por tanto, seguindo a lógica interpretativa, o nome do pássaro Chupim cientificamente tem o significado de Pássaro de Buenos Aires que luta pela a atenção dos seus pais.

Este no me faz referência ao comportamento desenvolvido pelos filhotes desta espécie de ave que é chocado e alimentado por pássaros adotivos e que precisam chamar atenção maior que os seus “irmãos”.

Características

Essa ave apresenta uma plumagem preta com azul. Suas penas são muito brilhantes e conforme a iluminação elas ficam totalmente pretas ou com reflexos metálicos na cor azul.

O Chupim, na idade adulta, pode medir até 22 centímetros. Seu peso pode ser de 44,9 e 63,7 gramas.

Além disso, essa ave possui as penas da cabeça pontiagudas e estreitas. Seu bico é liso, em formato de cone e também é negro.

O macho tem as penas pretas com o reflexo metálico azul e a fêmea é marrom-escura ou cinza escuro. Muitas vezes esse pássaro é confundido com o pássaro preto, porém, são aves bem diferentes.

Como criar um Chupim?

Por se tratar de um animal silvestre é essencial ter autorização de órgãos ambientes como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).

Dessa maneira, ao desejar ter um Chupim é essencial ter autorização para criar e quem sabe até comercializar esta ave.

No entanto, não há o registro de muitos criados desta espécie, uma vez que é uma ave que não consegue se adaptar a presença de humanos.

Inclusive, há registros de que o Chupim fica agressivo quando criado em cativeiro, mesmo que o criador procure desenvolver um ambiente parecido com o seu habitat natural.

Por conta destes fatores, é quase que proibido fazer a criação desta espécie em cativeiro.

Até zoológicos precisam obedecer a critérios extremamente rigorosos para conseguir ter habilitação e autorização para criar esta ave.

A Reprodução do Chupim

O período de reprodução do Chupim costuma ser entre julho e dezembro. A fêmea põe de 2 a 4 ovos. Porém, o casal não constrói o ninho, por isso, são conhecidos como parasitas, pois desses ovos, cada um é posto em um ninho diferente.

Para chegar até o ninho hospedeiro, o Chupim segue os futuros “pais adotivos”. Assim, sem perceber, a outra espécie de ave adota os ovos, e entre 11 a 12 dias nasce o filhote.

Depois de nascido, o filhote ainda é alimentado por 15 dias pelos pais adotivos. Após esse período, ele pode viver de forma independente e procurar alimentos sozinhos e ainda voltar ao lar dos chupins.

Parasitismo do pássaro

Os Chupins são considerados “parasitas” por ter o hábito de não fazer seu ninho. Assim, ele espera que outras espécies façam seus ninhos e quando o pássaro se ausenta ele põe seus ovos no ninho. Ao voltar, o pássaro nem percebe que tem um ovo a mais e acaba adotando o outro ovo.

Por isso, o Chupim também é conhecido como pássaro oportunista. Além disso, é bem comum ver pássaros tratando de filhotes de Chupim.

Os da espécie tico-tico são os mais frequentes, devido estar presente na maioria das cidades brasileiras.

Outro detalhe é que geralmente os filhotes do Chupim nascem antes dos “irmãos adotivos”.

Com isso, ele tem mais possibilidades de sobreviver enquanto os outros normalmente não sobrevivem.

Alimentação

O Chupim se alimenta especialmente de insetos e sementes. Porém, em algumas ocasiões come frutas.

Além disso, a ave tem o costume de fuçar fezes de gado a procura de sementes que não foram bem digeridas. O que o faz ser popularmente conhecido como vira bosta.

Este pássaro também costuma seguir o gado a procura de insetos. Desse modo, termina por seguir arados a procura de minhocas. Também frequenta comedouros com quirera de milho. Além disso, pode se alimentar dos carrapatos nas capivaras.

Em sua dieta alimentar também estão inclusos animais invertebrados como grilos, aranhas, gafanhotos, larvas, lagartas e besouros.

Quanto tempo de vida tem o Chupim

O tempo de vida dos pássaros varia conforme a espécie e o habitat em que se encontra. Segundo pesquisas, existem chupins com 10, 15 e até 30 anos.

Curiosidades sobre o Chupim

Conheça mais um pouco do famoso pássaro Chupim:

  • São conhecidos pelo seu hábito de “parasitas” e oportunistas por não fazer seu próprio ninho;
  • Como cresce bastante, é comum ver pássaros menores alimentando os filhotes de Chupim;
  • Desenvolve-se mais rápido que os outros filhotes do ninho em que foi adotado;
  • Seus irmãos adotivos normalmente não sobrevivem;
  • Sempre é visto em bandos;
  • Tem penas pretas, sendo bastante confundido com o pássaro preto;
  • É mais visto no Rio Grande do Sul por ter maior quantidade de pássaros da espécie no estado;
  • Entre junho e setembro buscam alimentos em campos com gramas baixas
  • Sua reprodução acontece em julho e em dezembro;
  • Os ovos do Chupim levam de 11 a 12 dias para chocar;
  • Tem seu habitat em área de campo abertas, onde é mais fácil visualizar suas presas;
  • É bastante conhecido popularmente como vira bosta, devido a revirar as fezes de gado a procura de sementes mal digeridas;
  • É uma ave pouco evoluída e não adaptada à presença do homem;
  • É proibida sua criação em cativeiro;
  • Seu habitat é livre, podendo ser fechado em zoológicos em alguns casos;
  • O macho é maior que a fêmea;
  • As penas do macho são mais brilhantes que as da fêmea;
  • Suas penas ficam brilhantes quando expostas ao sol;
  • A espécie possui longo bico, pernas finas e longas e olhos escuros;
  • Se colocado em cativeiro, fica bastante agressivo;
  • Vivem bem junto com outros da espécie, mas não com outras aves;
  • Se 2 machos forem colocados juntos numa gaiola, brigam;
  • É uma ave de pequeno porte e não compete por alimento com outras aves;
  • Sua comunicação é feita através de gritos;
  • Possui uma das alimentações mais simples entre as aves, comendo sementes, insetos e animais invertebrados;
  • Além da América do Sul, o Chupim vive no Caribe, em Trinidad e Tobago;
  • Os antigos acreditavam que teriam longevidade se comessem a sua carne;
  • Possui um voo que considerado alto e empolgante, tanto que a ave já foi tema de diversos documentários.

Subespécies do Chupim

Até o momento, a ciência só conseguiu catalogar apenas 07 subespécies ao redor do mundo. As subespécies que sobrevivem no território brasileiro são:

  • Molothrus bonariensis riparius: Esta subespécie é identificada no Brasil, especialmente no Rio Amazonas, no estado do Paraná. Porém, a espécie também é vista no Equador e Peru;
  • Molothrus bonariensis minimus: Esta subespécie é identificada no Brasil em toda a Região Norte, mas também é possível encontrar a mesma espécie nas Antilhas, nas ilhas de Martinica, Trinidad e Tobago;
  • Molothrus bonariensis bonariensis: Esta subespécie é identificada no Brasil e também em países da America Latina como, por exemplo, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Argentina.

Por sua vez, são identificadas no restante do planeta as espécies de Chupim como:

  • Molothrus bonariensis cabanisii: Esta subespécie é identificada no Panamá e Colômbia;
  • Molothrus bonariensis venezuelensis: Esta subespécie é identificada na Colômbia e na Venezuela;
  • Molothrus bonariensis aequatorialis: Esta subespécie é identificada na Colômbia e Equador;
  • Molothrus bonariensis occidentalis: Esta subespécie é identificada no Equador e também Peru.

Canto

Além de todas as características do Chupim, eles também se distinguem das outras espécies devido a seu canto. Com um som magnífico, o canto desse pássaro já foi considerado antigamente como anúncio de boas notícias e chuvas.

O canto tem uma linda melodia e alto alcance. Por isso, na idade média, acreditavam que o seu canto era portador de providencia e de bênçãos.

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Além disso, também acreditavam que trazia sorte. Antigamente também considerava a canção do Chupim um sinal de realização, aspirações e esperança.

Considerações finais

O Chupim é um pássaro encontrado com grande frequência no estado do Rio Grande do Sul que pertence o Brasil.

Por lá, esta espécie costuma frequentar com regularidade as plantações de arroz, principalmente por parecer com o seu habitat natural preferido.

Mesmo não podendo ser criado em cativeiro, esta ave faz parte até de gírias locais.

Inclusive, as pessoas consideradas Chupim no Rio Grande Sul são aquelas que gostam de sempre tirar proveito de alguma situação.

O significado é proveniente do comportamento da ave que se aproveita de outros ninhos para chocar seus ovos.

Resumo sobre Chupim

Nome popular: Chupim ou Shiny Cowbird
Nome científico: Molothrus bonariensis
Espécies: M. bonariensis
Tamanho: Entre 17 a 21,5 centímetros
Reino: Animalia
Família: Icteridae
Peso: 44,9 e 63,7 gramas
Expectativa de vida: 10, 15 até 30 anos
Estado de conservação: Pouco preocupante

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5 Comentários

  1. O meu durou 16 anos vivia fora da gaiola livre pela casa e estava sempre no meu ombro ….queria entrar no box para tomar banho junto …como eu cantava me acompanhando no teclado ele queria tocar também …fiz uma música em sua homenagem …chorei por uma semana quando da sua morte ….seu nome era Tico ………….

  2. Eu gostaria de saber se este oportunista tem predador. Morro de raiva de ver a pobre joana de barro, a carruira que, não só tem teus filhos destruidos, cirando esses enormes bichos vagabundos.

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